Conversar com os amigos, ver fotos daquele show ou festa que aconteceu no fim de semana, compartilhar opiniões. Tudo isso e mais um pouco encontramos nas redes sociais. Facebook, Orkut, Twitter, Youtube, Linkedin são alguns exemplos de redes sociais que estão aí para o nosso uso.
Atualmente, o Brasil é o 4º país do mundo em internautas nas redes sociais, 97% dos usuários, segundo pesquisa da comStore. Ficamos atrás apenas de Estados Unidos, Espanha e Reino Unido, sendo que no Facebook é o pais que mais cresce em números de usuários. Com isso, ultrapassou o Orkut em números de usuários.
Com esse aumento de acesso a redes sociais, nossa sociedade sofre mudanças no comportamento. Ficamos o tempo todo conectado para saber o que o outro “posta”, comenta ou “curte”. Influenciamos e somos influenciados por toda essa rede.
A população usa cada vez mais as redes para se organizarem. Há pontos positivos nessa trama toda, como os movimentos organizados pelas redes, como o “Basta Corrupção”, o “Fora Renan”, divulgação de pessoas desaparecidas, informações e conhecimento, entre outras coisas.
E é exatamente na facilidade de troca de informação que está o “lado negro” das redes sociais. Há muita informação errada, manipulada, que gera um falso conhecimento, fazendo com que a informação adequada não chegue a quem necessite ou precise.
Para se ter um exemplo, tomemos o Facebook. Circula-se nesta rede social um texto dizendo que ela é uma empresa de Capital Aberto e por isso nossas informações poderiam ser usadas pelo criador da forma que ele quisesse. Continuava dizendo sobre algumas configurações para melhorar a segurança na rede. Informações erradas e equivocadas, já que uma empresa de Capital Aberto é aquela que disponibiliza para compra e venda ações dela mesma, não tendo nenhuma relação com as postagens dos usuários, como foi vinculado na mensagem. As configurações apresentadas apenas bloqueiam que você veja as atualizações de amigos.
Já outro texto fazia citação a uma reportagem transmitida por uma grande rede de televisão (emissora essa, que vem tendo problemas com redes sociais por conta de usuários que criticam a programação da emissora, chamando-a de alienante e criticando a baixa qualidade de sua programação). Na reportagem falava-se sobre segurança nas redes sociais, e ensinava uma configuração para melhorar a privacidade. A configuração era a mesma anterior, faz com que você pare de ver as atualizações de seus amigos. Aparentemente, a emissora seria beneficiada, já que a visibilidade das postagens seria reduzida.
Estes textos veem aparecendo constantemente, alterando apenas alguns pontos, mas com a mesma essência, alterar as configurações. Para quem quiser saber mais sobre as configurações, há um link para uma explicação mais detalhada.
São apenas dois exemplos, mas poderia citar outros, como os textos que falam sobre o Facebook ser pago, sobre doações de centavos por compartilhamento, profecias de Nostradamus, sobre o nióbio, pessoas doentes ou sequestradas, distribuição de prêmios e sorteios, citações, entre outras informações. Tais situações são conhecidas no meio virtual por Hoax, que se refere a um conteúdo falso, mentiroso. Essas falsas notícias tomaram tamanha proporção que já possui vários sites só sobre notícias falsas, o que deixa mais ainda confuso alguns usuários, no final do texto há uma lista com alguns sites de noticias falsas.
Recentemente, o CEO da Globo.com anunciou a saída das Organizações Globo do Facebook por razões editoriais e comerciais. Segundo ele, como esta mídia tem uma ferramenta que seleciona uma porcentagem de visualização em feed de notícias, muitos dos usuários não recebem o que é publicado na fan page da emissora. Outro ponto levantado pelo CEO seria que outra empresa pode publicar na sua base de dados, fazendo propaganda.
Mas, segundo os internautas, por trás desse belo discurso, a emissora teria outra forte razão para afastar-se. Alegam que a saída da Globo ocorre pelos constantes ataques que vem recebendo, direta ou indiretamente, nas publicações que aparecem em suas páginas no Facebook.
Como disse no início, há muitas informações interessantes nas redes sociais, mas temos que tomar cuidado, sermos mais críticos, pensar e pesquisar a veracidade de tais notícias antes de tudo. Buscar fontes confiáveis, não apenas divulgar algo que nosso amigo compartilhou. As redes sociais vieram pra ficar, cabendo a nós, usuários, discernimento quanto ao uso.
Procure buscar informações em sites que tenham referências ou fontes em seus textos isso é importante para formar um conhecimento embasado em pesquisas sérias.
Pesquisa da comStore:
Sites de notícias falsas:
Sobre as configurações de privacidade no Facebook
Sobre a saída da Globo no Facebook
Site que mostra farsas na internet.