Em algum lugar do mundo, um pequeno grupo de
humanos está na mata à espreita de um cervo, outros, pegam frutas na mata e
algumas raízes que, junto com o cervo, será o almoço de todo o grupo. Esta cena
se passa no período paleolítico, há milhares de anos atrás. É um grupo de
caçadores – coletores. Neste período, o homem vivia da caça de animais de
pequeno e grande porte e também da coleta de vegetais, legumes e frutas. Não havia plantações. Não
comiam grãos.
Por volta de 10mil AC, o homem começou a
desenvolver a agricultura e passou a comer grãos em grande escala e, com o
tempo, a processar os alimentos até chegar aos dias atuais.
A Paleo Diet é uma dieta baseada na alimentação que
tínhamos a disposição por milhares de anos e que o nosso organismo é adaptado,
pois a utilizamos por milhares de anos, ao contrário da alimentação de grãos.
Para entendermos melhor, é só imaginar um animal: o que ele se alimenta hoje é,
basicamente, o mesmo alimento que era consumido a milhares de anos atrás. Isso
porque ele está adaptado a esta dieta. Um leão sempre vai comer carne, assim
como a zebra sempre vai comer gramas e os pássaros sementes e insetos.
A Paleo é baseada na “comida de verdade” que o
homem comeu por milhares de anos atrás. Basicamente, castanha, verduras,
legumes, frutas e carnes. Açúcar e carboidratos pobres e refinados não entram
na dieta. É difícil saber o que comiam realmente, até porque eram nômades e a
alimentação variava de lugar para lugar. Mas sabemos que naquele período eles
eram caçadores/coletores, caçavam seus alimentos e colhiam o que havia
disponível. Mas é possível saber o que não estava disponível naquela época.
Os principais alimentos que compõem a Paleo são:
carnes de qualquer tipo (gado, porco, aves, carne de caça, peixes e frutos do
mar), ovos (em toda forma possível, mexidos, omeletes, cozidos), vegetais
frescos (alface, tomate couve-flor, brócolis, couve, aspargos, abobrinha,
berinjela, espinafre, pepino, cebola, pimentão etc), nozes e castanhas, gorduras
saudáveis (manteiga, gordura das carnes, abacate, azeite extra virgem, óleo de
coco, amêndoa) e algumas frutas (preferencialmente frutas que não tenham muito
açúcar). Temperos e condimentos são permitidos como cebola, alho, manjericão,
orégano etc.
O que não consomem: todo e qualquer tipo de amido,
grãos (principalmente o trigo e seus derivados, centeio, cevada, aveia, milho,
arroz, soja, amendoim, feijão), alimentos com açúcar em qualquer formato
(açúcar cristal, refinada, adoçantes), alimentos industrializados, leite e seus
derivados, óleos vegetais hidrogenados (margarinas, óleo de soja, óleo de
milho, óleo de amendoim, óleo de canola, óleo de cártamo e óleo de girassol.) e
álcool.
Um ponto interessante da Paleo Diet é sobre a
insulina. O carboidrato aumenta o nível de insulina no organismo. Ela
transporta os nutrientes no nosso corpo, como gorduras, proteínas e os
carboidratos. Se você consome muito carboidrato, há um aumento do nível de
insulina no organismo, gerando assim uma resistência. Com esta intolerância,
seu organismo passa a não suportar mais qualquer quantidade de carboidrato,
transformando em gorduras e, quanto mais gorduras temos no corpo, ficamos mais
resistentes à insulina.
Muitos dos carboidratos consumidos possuem alta
taxa de açúcares ou de alternativas mais baratas, como o xarope de milho, o que
piora ainda mais a situação, gerando pressão alta, obesidade e doenças
diversas.
Estudos da Universidade da Califórnia, em São
Francisco, mostram os benefícios da Paleo no dia a dia das pessoas. Em seis
meses, as pessoas diminuíram o peso, baixaram o colesterol e a pressão
arterial. Um dos maiores divulgadores da Paleo é o americano Mark Sisson, em
seu site há várias dicas e informações sobre a Paleo Diet. Ao se cadastrar, é
enviado, além das atualizações da página, 7 “aulas” sobre a Paleo Diet nas
quais é exposto o fundamento da Paleo, como se processa e o que é ou não
permitido.
Interessou?
http://sanfrancisco.cbslocal.com/2011/11/03/healthwatch-what%E2%80%99s-in-the-paleo-diet/ - pesquisa americana.